O
Tibufo e o Torquato
Adoram
uma aventura.
Seja
na vida real
Ou
através da leitura.
Mas
nenhum livro contou
O
que aconteceu de fato
Quando
um bicho diferente
Apareceu
lá no mato
Era
uma noite de lua
E
a turma se reuniu
Pra
fazer uma festinha
Lá
na beirinha do rio.
O
ratinho Jerimum
Levou
o seu violão
E
a batucada ficava
Com
o cachorro Sebastião
Tibufo,
um cururu,
Trouxe
toda a sapaiada
Pra
cantar a noite inteira
Coaxando
afinada.
Como
todo bom calango,
Torquato
ia balançando,
E
o canarinho Marinho
Dançava
junto com o bando
Estavam
todos contentes,
Festa
assim nunca se deu,
Mas
de repente, um bichinho
Muito
estranho apareceu.
Tinha
uma cara engraçada
E
uma capa longa e preta.
Uns
dentinhos afiados
E
fazia uma careta...
Não
olhou para ninguém,
Entrou
meio sorrateiro,
Todo
mundo sussurrou:
“Quem
é esse forasteiro?”
E
durante uma canção,
O
bichinho que chegou
Deu
um grito horripilante
E
depois levantou voo
Todos
saíram correndo,
Foi
aquela confusão,
Os
sapos pularam na água,
Jerimum
no violão.
O
cachorro Sebastião
Correu
lá pro seu cercado
E
o Torquato então, coitado,
Ficou
lá, paralisado.
A
noite então terminou
Daquele
jeito sombrio
E
o assunto no outro dia
Era
o vampiro do rio.
Jerimum
deu esse nome
Pro
animal assustador,
Pois
já tinha visto um desses
Lá
num filme de terror
“Um
dia desses eu vi”,
Disse
o ratinho assustado,
“O
monstro bebendo sangue
Com
o olhinho bem fechado”
O
Torquato então lembrou:
“Alguém
viu o canarinho?”
“É
mesmo!”, disse o Tibufo
“Ele
pegou o Marinho!”
Naquele
mesmo momento
Ouviram
muita risada
E olhando para cima
Perceberam
a mancada:
O
canário estava bem
Do
lado do novo amigo
Tomando
suco de fruta
E
voando sem perigo.
E
o novo amigo falou:
“Ora,
façam-me o favor,
Sair
correndo assim
De
um morceguinho cantor!”
E
essa estória ensinou
Ao
bando de animais
Que
apesar das diferenças
Nós
somos todos iguais.
Luciano
Albuquerque- professor, músico e escritor para crianças
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